sexta-feira, 25 de março de 2011

III Encontro - linha de tempo

LINHA DE TEMPO - Organizada por Elisa Maria Cordeiro da Paix/ao

ANTES DO DESCOBRIMENTO

Sobrevivência conseguida pela caça e coleta de elementos vitais. Economia de extração e troca simples Organização social também muito simples. Poucos papeis sociais diferenciados.

INDIOS – CULTURA ILETRADA

Educação conseguida pela vivência direta e pela imitação das atitudes dos adultos

Inicialmente : povoamento por degredados. Com economia de extração simples, e depois criação de latifúndios sustentados pelo plantio de cana tabaco e algodão, com o uso do trabalho escravo de índios.

1500

DESCOBRIMENTO – Brasil Colônia

.. Poucas pessoas letradas transmitindo informações para os raros habitantes interessados nisso . Maioria das crianças crescendo como “CURUMINS” com educação por vivência direta.

1554

Chegada dos Jesuítas

Trouxeram um sistema educacional bem estruturado, com corpo teórico dado pela RATIO STUDIORUM . Aulas eram ministradas a brancos e índios nos próprios Colégios

Aparecimento de pequenas vilas e cidades que funcionavam como postos de trocas. Comercio incipiente.

1572

Proposição pelos Jesuítas dos cursos de artes e teologia no colégio da Bahia nos mesmos moldes dos da Universidade de Coimbra, como tentativa Jesuítica de criação de cursos superiores, proibidos por Portugal. Esses cursos não eram reconhecidos por Portugal

Holandeses expulsos do Brasil passaram a produzir açúcar nas Antilhas, o que produziu decadência da incipiente agroindústria do açúcar no Brasil. Portugal em crise econômica e temendo a invasão pela Espanha aproximou-se da Inglaterra. Nesta situação o primeiro ministro, de Portugal, o marquês de Pombal tomou sérias medidas para tentar provocar um surto de industrialização em Portugal. Dentre outras coisas tentando substituir a ideologia orientada pela sociedade feudal e ligada à Igreja por uma outra mais propícia ao surgimento de uma sociedade capitalista. Neste quadro era importante para ele diminuir o poderio dos jesuítas para aumentar o poder do estado.

Reforma Pombalina – Desestruturou o sistema jesuítico sem colocar nada em seu lugar. O ensino passou a ser feito em poucos colégios de outras ordens religiosas e, principalmente através de “aulas de ler e escrever” e “Aulas ou Cursos Régios” normalmente dadas por clérigos que desconheciam conteúdo e técnicas de ensino.

1776

Padres Franciscanos tentaram criar um curso superior

No Convento de Santo Antônio no Rio de Janeiro, que seria na realidade uma Faculdade Isolada, nos moldes da Universidade de Coimbra e obedecendo a reforma Pombalina.

- Logo após foi fundado o Seminário de Olinda por Azeredo Coutinho

- A vinda da corte provocou imediatamente a abertura dos portos, com o conseqüente aumento do comércio e da circulação de mercadorias e idéias. Também chegaram por esta ocasião muitos representantes das “elites pensantes” portuguesas, muitas vezes educados na Inglaterra e na França e trazendo idéias ligadas à Comte ( idéias positivistas) .

1808

Vinda de d. João Vi ao Brasil

O ensino superior, tornado necessário pela vinda da corte iniciou-se pelo aparecimento de “AULAS” e de “Cadeiras”, organizações muito simples, formadas por um professor, que pelos seus próprios meios ensinavam aos interessados em lugares improvisados . Estas aulas podiam também organizar-se em CURSOS, com a mesma estrutura simples e sem burocracia.

- Necessidades militares levaram à abertura da cursos e faculdades de medicina e de engenharia

1808

Criação de “CADEIRAS” de Anatomia e de Cirurgia, que foram o embrião das faculdades de medicina e de farmácia

- Criação da Academia Real de marinha

1810 – Academia Real Militar

1810

A Academia real militar Iniciou um curso de ENGENHARIA.

O império trouxe necessidades burocráticas e de Segurança maiores. Ao mesmo tempo as elites passaram a interessar-se por formação universitária melhor e mais próxima que a “do reino”. A preocupação com a educação e com a educação superior só não foi maior porque a economia continuava a ser baseada primordialmente na agricultura e no trabalho escravo .

1822

Brasil Império

1824 – Constituição Outorgada rezava que deveriam existir Escolas primárias em cada TERMO, Ginásios em cada Comarca e Universidades “ nos mais apropriados locais.

Havia um pouco mais de desenvolvimento de cidades, e os comerciantes e artesãos apenas começavam a formar uma classe média representativa, passando a exigir escolas.

1823

Decreto do imperador criou um curso de Direito na corte

1826

Apresentação à Câmara dos Deputados de um primeiro projeto de ensino que se preocupava apenas em nomear os graus de ensino e definir autoridade sobre eles, sem entrar em discussões a respeito da organização de “matérias” e conteúdos.

1827

Em 11 de agosto, um decreto do imperador criou dois cursos Jurídicos, um em São Paulo e um em Olinda

1832

Academias de medicina do Rio de Janeiro e da Bahia foram transformadas em Faculdades

1834

ATO ADICIONAL –à constituição de 1824

Dividiu o setor do ensino estatal em: (a)Esfera nacional – que Compreendia os estabelecimentos de ensino primário e médio da corte, e os criados pelas assembléias provinciais e (b) o ensino superior de todo o pais.

Pela decadência do cultivo da cana de açúcar e pelo surgimento de outras culturas e conseqüente beneficiamento, na Segunda metade do século XIX acentua-se a passagem do Brasil de uma sociedade de cunho exportador com base rural agrícola para uma sociedade urbano agrícola comercial. Isto provocou o aumento da camada média da sociedade e o da classe trabalhadora livre. Estas novas condições obrigaram a revisão do ensino público e particular sem no entanto, acarretar melhoras imediatas.

Mudança política sem grandes diferenças na estrutura social e econômica. Apenas acréscimo contínuo das camadas médias

1889

1890

1891

proclamação da República

Aparecimento de um novo regulamento para o ensino primário e secundário do distrito federal

Decreto 1.232-g –Criou o CONSELHO DE INSTRUÇÃO SUPERIOR com a competência de verificar o currículo de escolas federais e outras que lhes fossem equiparadas. Também podia propor novos estabelecimentos de ensino, nomear delegados e comissões para fiscalizar escolas superiores livres

Contínua mudança da produção de agrária para industrial, provocando o crescimento das cidades, o da classe média, além do aumento da necessidade de formação de mão de obra. Além disso, a chegada crescente de imigrantes europeus também provocou novas exigências em relação à aculturação e à integração social de adultos e crianças .

1910

LEI ORGÂNICA DO ENSINO SUPERIOR E FUNDAMENTAL – Lei Rivadávia da Cunha Corrêa

1915

Decreto 11.530, que visava reorganizar o ensino secundário e o superior.

Grande mudança política provocada pelo golpe e pela ditadura. A ideologia passou a ser fascista nacionalista. As tentativas de acelerar o desenvolvimento econômico levaram à considerações a respeito do papel da escola

1930

Criado o ministério de Educação e Saúde Pública

Nesse desenvolvimento.

1931

Decreto Denominado “Estatuto das Universidades Brasileiras” que estabeleceu padrões para o ensino superior de todo o pais, determinando a estrutura administrativa e acadêmica das Universidades e definindo seis tipos de Currículos mínimos.

2a Guerra mundial

1942

LEI 4244 – Propôs a organização unificada da educação nacional, definindo graus e propondo o “currículo mínimo a ser adotado.

1961

LDB 4024 – Estipulou os objetivos únicos da educação nacional;criou o Conselho Federal de Educação que se pronunciaria sobre os currículos do curso médio, desconsiderou o ensino primário e o superior

1964 – Golpe Militar

1968

Anteprojeto de reforma Universitária. Impunha o mesmo padrão de organização à todas as instituições de ensino superior; acabou com a cátedra vitalícia, implantou a idéia de DEPARTAMENTOS, sem conotação pedagógica mas apenas administrativa. Encarava a universidade não como uma instituição encarregada do conhecimento universal, mas como uma reunião de “Faculdades”..

1971

LDB 5692 – Implantou a tecnologia educacional, implantando as idéias de eficiência educacional, de planejamento de ensino e de currículo como plano. Desconsiderou o ensino superior

1996

LDB 9394 – Atualmente em vigor.